Antes, elas eram previsíveis, quase engraçadinhas. Um dia você nota que as travessuras do seu filho ficaram mais elaboradas. São até planejadas em reuniões secretas – como quando o Cascão e o Cebolinha bolam mais um "plano infalível" para pegar o coelhinho da Mônica. Isso acontece porque, a partir dos 7, 8 anos, a criança já consegue organizar melhor seus conhecimentos, estabelecer relações e até prever acontecimentos posteriores. Para ela, isso tudo é muito excitante. Mas para suas "vítimas", surpreendidas com brincadeiras como trotes ao telefone ou um chiclete grudado na cadeira, pode não ser exatamente gostoso.
Diversão e arte
Os irmãos Pedro, de 7 anos, e Ângelo, de 8, resolveram usar sua nova capacidade de planejamento. Reuniram alguns CDs e passaram a atirá-los pela janela do quarto para depois acertá-los com bolinhas de gude. Eles só não esperavam que uma das bolinhas fosse quebrar a janela de um vizinho. "A criança sente enorme prazer em descobrir que pode planejar melhor seus atos, mas seu conhecimento ainda não é completo. Ela faz uma previsão sobre a ação, mas não sobre o efeito no outro", explica Neide Al-Cici, diretora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E se fosse comigo?
Não vale a pena punir a criança ou reprimir suas brincadeiras. Com essas atitudes, ela só ficará triste e não entenderá que fez algo errado. A dificuldade em enxergar o próximo é esperada e compatível com essa fase. Cabe aos pais orientar o filho sobre as conseqüências de seus atos e incutir nele conceitos de convivência. É o momento de desenvolver no filho o hábito de se colocar no lugar do outro. Dê exemplos mostrando como determinadas travessuras interferem na vida alheia e como a própria criança não gostaria que isso ocorresse com ela – como os meninos se sentiriam se a janela quebrada fosse a do quarto deles, ou se a bolinha atingisse um deles? A criança também deve, quando possível, observar as conseqüências do que fez para aprender os limites que deve respeitar. Lembre-se: fazer travessuras na infância é normal. Se os pais souberem lidar com a situação, a criança não correrá o risco de continuar agindo da mesma forma quando adulta. Porque, aí sim, os atos serão condenáveis.
Lidando com o outro
- Não dê broncas em seu filho na frente dos outros para não humilhá-lo. Converse em particular.
- Se a pessoa envolvida souber lidar bem com crianças, ela pode falar com ele. Isso não desobriga os pais de também conversar com o filho.
- Estimule a criança a se colocar no lugar do outro, adaptando o acontecido ao seu universo. - Faça-a pedir desculpas.
- Evite que a criança sinta culpa. O objetivo é ela entender que o ato foi errado, e não que ela é errada.
- Mostre que existem pontos de vista diferentes.
Diversão e arte
Os irmãos Pedro, de 7 anos, e Ângelo, de 8, resolveram usar sua nova capacidade de planejamento. Reuniram alguns CDs e passaram a atirá-los pela janela do quarto para depois acertá-los com bolinhas de gude. Eles só não esperavam que uma das bolinhas fosse quebrar a janela de um vizinho. "A criança sente enorme prazer em descobrir que pode planejar melhor seus atos, mas seu conhecimento ainda não é completo. Ela faz uma previsão sobre a ação, mas não sobre o efeito no outro", explica Neide Al-Cici, diretora do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
E se fosse comigo?
Não vale a pena punir a criança ou reprimir suas brincadeiras. Com essas atitudes, ela só ficará triste e não entenderá que fez algo errado. A dificuldade em enxergar o próximo é esperada e compatível com essa fase. Cabe aos pais orientar o filho sobre as conseqüências de seus atos e incutir nele conceitos de convivência. É o momento de desenvolver no filho o hábito de se colocar no lugar do outro. Dê exemplos mostrando como determinadas travessuras interferem na vida alheia e como a própria criança não gostaria que isso ocorresse com ela – como os meninos se sentiriam se a janela quebrada fosse a do quarto deles, ou se a bolinha atingisse um deles? A criança também deve, quando possível, observar as conseqüências do que fez para aprender os limites que deve respeitar. Lembre-se: fazer travessuras na infância é normal. Se os pais souberem lidar com a situação, a criança não correrá o risco de continuar agindo da mesma forma quando adulta. Porque, aí sim, os atos serão condenáveis.
Lidando com o outro
- Não dê broncas em seu filho na frente dos outros para não humilhá-lo. Converse em particular.
- Se a pessoa envolvida souber lidar bem com crianças, ela pode falar com ele. Isso não desobriga os pais de também conversar com o filho.
- Estimule a criança a se colocar no lugar do outro, adaptando o acontecido ao seu universo. - Faça-a pedir desculpas.
- Evite que a criança sinta culpa. O objetivo é ela entender que o ato foi errado, e não que ela é errada.
- Mostre que existem pontos de vista diferentes.
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